Presidenciais

Data das presidenciais está marcada, mas lista de candidatos pode ainda crescer até janeiro

Marcelo Rebelo de Sousa vai marcar as eleições presidenciais para 18 de janeiro, uma semana antes do que tinha indicado. Em Espanha, André Ventura diz que só em Portugal revelará se avança para a corrida. Quanto a Rui Tavares, que aguarda por mais nomes, avisa que a esquerda tem de assumir que vai para ganhar.

Ana Geraldes

A reflexão sobre a data tem sido quase tão longa quanto a discussão sobre os candidatos presidenciais. "Não me lembro de uma eleição presidencial que tenha começado tão cedo. Talvez a que tenha começado mais cedo tenha sido a eleição do presidente Jorge Sampaio que se lançou na primavera do ano anterior. Nós estamos no começo do ano anterior", disse na altura Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas. 

Era janeiro e ali por finais do mês que em 2026 seria marcado por esta eleição, Marcelo Rebelo de Sousa ia avançando o dia 25 para as Presidenciais. Com uma eventual segunda volta a cair a 15 de fevereiro, três semanas depois. 

A probabilidade do país só eleger o próximo Presidente em duas mãos terá pesado na decisão de Marcelo que, em junho, de visita à feira do Livro, já falava em 18 de janeiro. O Presidente prepara-se para escolher esse terceiro domingo de janeiro para as eleições. A segunda volta a 8 de fevereiro. 

O decreto deve assiná-lo só lá mais para a frente. Ainda há Autárquicas a 12 de outubro e Marcelo pode marcar as Presidenciais até meados de novembro. Pelo menos foi já perto dos 60 dias de antecedência mínima que o fez em 2020. 

Ventura não diz (ainda) se é candidato, Rui Tavares quer vitória à esquerda

Até lá, há decisões que continuam por dias. “Eu não quero em Madrid de política nacional nem acho que devia. E não é por mim uma fuga, estamos a falar de uma candidatar e eu posso ter dúvidas sobre muita coisas, as há uma que tenho segura para mim: no dia em que me candidatar ao mais alto cargo do país, ou ao cargo que for no país, eu falo-ei no meu país”, disse Ventura. 

Há também decisões que ainda esperam por outros nomes. “Há candidatos quer dizer, Mário Centeno foi falado numa altura em que era Governador do Banco de Portugal e disse que não se apresentaria, sendo que deixa de ser Governador nos próximos dias é importante ouvir o que ele tem a dizer, há a Elisa Ferreira, hás a Helena Roseta, há a Marta Temido… há tanta gente que está disponível para servir o país”, enumerou Rui Tavares. 

E também disse que é preciso dizer uma palavra “que parece quase blasfémia à esquerda, que ninguém diz porque tem medo de dizer, então eu vou dizer: ganhar. A esquerda tem de ganhar umas eleições presidenciais, a esquerda não pode ser uma máquina de perder eleições presidenciais. Já lá vão quatro. Desde Jorge Sampaio que não ganhamos”.

Na rentrée do Livre, Rui Tavares acabou a responder que não quer ser, mas não pode dizer que será impossível que alguma vez acabe por ser, também ele, candidato a Belém.

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