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O fenómeno de Igbo-Ora, a cidade onde há gémeos idênticos em todas as famílias

No Mais Mundo viajamos até à Nigéria e à Colômbia, falamos do 'mistério' dos gémeos idênticos e de uma zona perigosa que se transformou num lugar acolhedor.

SIC Notícias

A cidade de Igbo-Ora, na Nigéria, tornou-se “famosa” devido a um fenómeno genético que ocorre com frequência nesta região: uma quantidade fora do normal de gémeos monozigóticos, os chamados “gémeos verdadeiros” - idênticos na aparência física.

“Sou a única irmã que não é gémea. A minha mãe teve gémeos cinco vezes”, conta Opeyemi.

A nigeriana, que sonhava vestir os filhos de forma igual, também é mãe de gémeos.

Com uma taxa de cerca de 50 nascimentos de gémeos em cada mil partos, é costume dar o nome “Kehinde” ao segundo gémeo a nascer - tradicionalmente o mais velho - e “Taiwo” ao primeiro, nomes que acabam por ser demasiados comuns na região.

“Todas as casas aqui têm gémeos (...), se chamarmos Kehinde vamos ter muitas pessoas a olharem na nossa direção. O mesmo se chamarmos Taiwo”, conta Jimoh Olajide Titiloye, o Rei de Igbo-Ora.

Numa terra de tradições bem enraizadas, muitos habitantes locais acreditam que o nascimento de gémeos está ligado a fatores do dia a dia como a alimentação, particularmente ao consumo de folha de quiabo inhame e farinha de mandioca.

Mas sabe-se que a principal razão é genética.

“Tem havido um esforço da comunidade científica para revelar o mistério das múltiplas gestações de gémeos em Igbo-Ora, e um dos principais fatores já identificado é hereditário”, explica o médico Gafar Amoo.

Colômbia: San Jose del Guaviare renasceu das cinzas

San Jose del Guaviare, no coração da selva colombiana e no meio de uma reserva indígena, foi uma imensa plantação de coca que sustentou a população e a ganância de políticos e revolucionários durante décadas.

Depois de vários acordos entre o Governo colombiano e as FARC, a coca foi reduzida a pó e San Jose renasceu das cinzas. O processo de cura passou por uma mudança do modelo de negócio.

Os fazendeiros e agricultores cultivam agora os produtos que entram na alimentação e não no negócio da droga. E vendem aos locais e a quem chega para ver, por exemplo, a extensa rede de cavernas - habitat intocado de milhares de morcegos.

Este pedaço da Colômbia ensinou também ao mundo que até a zona mais perigosa se pode transformar num lugar acolhedor.

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