A representação portuguesa da Comissão Europeia está em Lviv, na Ucrânia, para promover encontros entre jovens portugueses e ucranianos. Têm visto também marcas de guerra mesmo que Lviv seja uma das cidades ucranianas mais afastadas dos combates.
A homenagem começa à chegada. Ajoelha-se e reza demoradamente perante as 1.200 campas de soldados ucranianos de Lviv que morreram na guerra.
Em cada cidade ou aldeia ucraniana há um espaço para enterrar quem morreu a defender o país.
Uma mãe conta histórias de quando o filho entrou para o exército ucraniano. Morreu em junho de 2023, com 32 anos. Estava na linha da frente.
Em Lviv, é raro ouvir explosões. As sirenes tocam, mas menos vezes. Mesmo assim, há marcas de guerra à vista.
A comitiva portuguesa da Comissão Europeia que está em Lviv veio prestar homenagem. Acabaram por fazê-lo também a quem ainda recupera.
O centro que foi visitado tem como nome uma palavra que diz muito aos ucranianos. Unbroken, que quer dizer inquebrável.
Volodymyr, veterano de guerra, foi para a frente de batalha assim que começou a invasão. Primeiro defendeu a terra natal, Chernihiv, no norte. Depois, foi enviado para o sul, para o Donbass. No fim do ano passado, foi apanhado por uma granada e teve de ser amputado.
"Se me dessem uma perna nova, voltava para lá."
Conta que os sorrisos que estes veteranos mantêm no rosto são para não enlouquecer.
Enquanto olham para o futuro com bastante incerteza e pouca esperança cum acordo de paz, diz que estão a usar a Ucrânia para testar armas modernas de guerra.