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Diretor da Faculdade de Medicina do Porto acusa reitor de mentir por razões políticas

A Faculdade de Medicina e a Federação Académica do Porto pedem esclarecimentos sobre as alegadas pressões para a admissão de 30 candidatos ao curso de Medicina de forma ilegal.

SIC Notícias

Sobe de tom a polémica com a Universidade do Porto. A Faculdade de Medicina e a Federação Académica do Porto pedem esclarecimentos sobre as alegadas pressões para a admissão de 30 candidatos ao curso de Medicina de forma ilegal. O reitor já veio negar o envolvimento do ministro da Educação, mas aponta o dedo a outras pessoas influentes.

A resposta do ministro da Educação foi dura, depois de acusado de exercer pressões para a entrada de 30 candidatos a um curso de Medicina, sem que os alunos tivessem a classificação mínima na prova do curso especial de acesso, 14 valores.

Mas o reitor da Universidade do Porto garante agora que não mentiu e esclarece que nunca referiu ter sido pressionado pelo ministro Fernando Alexandre, mas sim por pessoas "influentes e com acesso ao poder".

Em declarações à SIC, o reitor refere apenas a existência de um telefonema no qual o Ministro da Educação se mostrou disponível para abrir vagas extraordinárias e remete mais esclarecimentos para as entidades que possam ser chamadas a intervir no processo.

A Inspeção-Geral da Educação e Ciência já concluiu que não há base legal para abrir novas vagas, ou seja, a admissão dos 30 alunos seria irregular.

A polémica está longe de estar enterrada.

O diretor da Faculdade de Medicina do Porto, Altamiro da Costa Pereira, já veio apontar o dedo ao reitor que se encontra em final de mandato. Diz que mente por razões de natureza política com o intuito de atingir quer o ministro da Educação quer a própria direção da Faculdade de Medicina.

Vários partidos exigem audições. A Faculdade de Medicina e a Federação Académica do Porto também estão preocupadas e pedem mais esclarecimentos.

As associações académicas querem o apuramento urgente de responsabilidades.

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