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Mais Mundo: a angústia das famílias dos cubanos desaparecidos e o estigma da MPOX em África

Neste episódio do Mais Mundo viajamos até Burundi e a Cuba. Na pequena vila cubana de Palma Sola, há dezenas de famílias à espera de saber o que aconteceu às 29 pessoas que há quase dois anos tentaram a travessia do Estreito da Florida, na esperança de alcançar os Estados Unidos.

SIC Notícias

Luisa Berrio e Mayra Ruiz vivem o mesmo drama: ambas perderam contacto com os filhos e não sabem o que lhes aconteceu. Como elas, muitas outras famílias em Cuba enfrentam o sofrimento de não ter respostas sobre os seus desaparecidos, que podem ter sido vítimas de naufrágios no Estreito da Florida, uma das rotas migratórias mais perigosas do mundo.

De acordo com as Nações Unidas, nos últimos 10 anos, 626 cubanos morreram no percurso e centenas desapareceram sem deixar rasto.

Varíola dos macacos no Burundi: entre a doença e o estigma

A variante mais perigosa da MPOX, conhecida como varíola dos macacos, espalhou-se por África no verão passado, provocando a morte de quase 500 pessoas na República Democrática do Congo, onde as transmissões continuam a aumentar diariamente.

O Burundi tem o segundo maior número de infetados por MPOX em África. Embora a taxa de mortalidade seja inferior à da República Democrática do Congo, os doentes e sobreviventes enfrentam uma dura realidade: a exclusão social.

Eric e Ariela, um casal que depende dos rendimentos do trabalho dele como taxista, viveram essa transformação. Após Eric contrair a doença e passar semanas no hospital, a vida da família mudou drasticamente, marcada pelo estigma e as dificuldades impostas pela sociedade.

O estigma associado à MPOX está a agravar a crise de saúde pública no Burundi. Muitos infetados escondem a doença e optam por tratar-se em casa, contribuindo para o aumento dos contágios, já que não seguem medidas de isolamento adequadas.

A ONU lamenta que o Governo não fale do assunto e ajude a perpetuar mitos e medos sobre a MPOX no país.

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