Acidente no Elevador da Glória

Seguro pede "apuramento rigoroso" das responsabilidades "técnicas, de gestão e políticas" do acidente em Lisboa

António José Seguro diz que o que se passa entre os partidos é dos partidos e que o papel do Presidente da República é estar focado na segurança dos portugueses. Tal como os restantes candidatos às Presidenciais, não pede a demissão de Carlos Moedas.

SIC Notícias

O candidato presidencial António José Seguro defende o "apuramento rigoroso" de todas as responsabilidades na sequência do acidente com o Elevador da Glória.

"Tem de haver um apuramento rigoroso das responsabilidades técnicas, de gestão, políticas, as que houver. Tem de haver a garantia de que não se volta a esta situação, mas tem de haver respostas a estas perguntas. Os portugueses, os lisboetas, merecem a resposta cabal às perguntas que acabei de fazer e outras que, naturalmente, estão a ser feitas", afirmou.

O candidato pediu urgência e rigor nas respostas.

"Os portugueses merecem saber o que é que aconteceu e, para além de saber o que é que aconteceu, de quem são os responsáveis", sustentou. 

Seguro afirmou que garantir a segurança é uma das responsabilidades do Estado e defendeu que "pode não haver dinheiro para outras coisas, mas tem de haver dinheiro para a segurança dos portugueses e para proteger a vida dos portugueses".

Questionado se os responsáveis políticos se devem demitir, António José Seguro considerou que essa é uma questão para os partidos.

"Esse é o debate dos partidos. Eu não me envolvo, eu sou candidato a Presidente da República e, como candidato a Presidente da República, o meu foco é outro, a minha preocupação é outra, é a segurança dos portugueses", indicou o candidato às eleições presidenciais do início do próximo ano.

Marques Mendes quer apuramento de responsabilidades "com rigor"

Também este domingo, Luís Marques Mendes considerou que devem ser apuradas todas as responsabilidades, mas considerou precipitado falar em demissões.

"Nós não podemos pôr o carro à frente dos bois. Responsabilidades, apurá-las todas, as técnicas e as políticas, mas fazê-lo com o rigor que as coisas exigem. Ainda ninguém sabe exatamente porque é que aconteceu aquele acidente gravíssimo, aquela tragédia. Vamos esperar e depois assumir responsabilidades", afirmou, quando questionado se os responsáveis políticos se devem demitir.

Gouveia e Melo recusa "caça às bruxas"

O candidato Henrique Gouveia e Melo defendeu "uma responsabilização", mas recusou uma "caça às bruxas".

"Eu acho que devemos assumir as responsabilidades no final do inquérito, mas o inquérito não se pode prolongar eternamente e nós não nos podemos esquecer depois de assumir essas responsabilidades, sejam elas quais forem. Até pode haver responsabilidades criminais, responsabilidades que tenham a ver com negligência, responsabilidades eventualmente políticas, em termos da gestão política, do que eram as prioridades dentro do que era a Carris", afirmou.

Com Lusa

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