Muitos israelitas que ainda não sabem da localização dos seus familiares, nem se estarão mortos ou feitos reféns. Vivem um vazio maior à medida que os dias passam e as respostas não chegam.
Na cidade de Ramla, a sul de Telavive, há contentores frigoríficos cheios de gente sem vida. Corpos à espera que as famílias cheguem para os reclamar.
São ainda muitos os que ainda não foram identificados, pois mães, pais, filhos, nada sabem acerca do seu paradeiro.
Esta é a história de Alon, que perdeu parte da família para sempre e, que de outra parte não faz ideia.
“Alon, Yarden e Geffen conseguiram fugir ao carro que os levava para Gaza, fugiram para o bosque enquanto eram alvejados por quatro terroristas que correram atrás deles, enquanto a minha irmã, com a filha pequena nos braços a entregava ao marido para os salvar, para que ele pudesse correr mais depressa com ela”, contou o irmão de uma refém, Alon Roman.
“Ele fê-lo e encontrou abrigo durante 12 horas, escondido no bosque, na escuridão. Já a minha irmã, não sabemos nada dela desde então”, acrescentou.
Esta é uma história semelhante a que conta Anat, neta de David e de Adina, de 75 e 72 anos, respetivamente.
Ele foi morto pelo Hamas e ela levada como refém, logo de seguida.
“Ela teve de abraçar o terrorista que acabara de lhe assassinar o marido”, conta a neta de ambos, Ana Moshe Shoshany.
Nada mais lhes resta agora senão esperar, numa altura em que o Hamas anuncia que alguns dos reféns israelitas levados para Gaza morreram vítimas dos bombardeamentos de Israel.