Bernardo Blanco votava em Milei? “Obviamente, não há qualquer dúvida”
A convenção do último fim de semana foi suficientemente clara para se perceber que há na Iniciativa Liberal quem tenha Javier Milei como ídolo e quem tente pôr água na fervura.
Deputado da Iniciativa Liberal vem ao Facto Político defender as políticas do presidente argentino e pedir a Carlos Moedas que arrume a casa para facilitar um acordo em Lisboa. Mariana Lima Cunha e Luís Pedro Nunes põem à sombra os casos judiciais da semana e o PS mantém a tradição de grandes dificuldades em eleições presidenciais.
A convenção do último fim de semana foi suficientemente clara para se perceber que há na Iniciativa Liberal quem tenha Javier Milei como ídolo e quem tente pôr água na fervura. O deputado Bernardo Blanco vem ao Facto Político para garantir que não tem ídolos, mas se fosse argentino não tinha dúvidas para escolher em quem votaria: “Obviamente” que votaria no presidente da motosserra, “não há qualquer dúvida”.
Recusando o rótulo de extrema-direita que quem o ouve negar as alterações climáticas ou criticar a homossexualidade, o deputado liberal destaca como positiva “a reforma do estado ao nível do corte de gastos, burocracia, a diminuição do número de cargos políticos, e o número de funcionários públicos”. Mas não consegue dizer em que medida essa ideia seria transponível para a realidade nacional: “Não tenho um número na cabeça. Há serviços em que faltam pessoas e outros que têm pessoas a mais”, mas uma coisa parece certa, “apesar de um aumento de 15% do número de funcionários públicos, as pessoas não sentem um aumento de 15% na qualidade dos serviços”.
Notícias recentes mostram que a acusação do processo Tutti-frutti não teria caído bem no núcleo liberal que está a negociar a possível coligação autárquica em Lisboa. Bernardo Blanco não desmente, mas mantém o mesmo princípio: “Parece-me claro que não queremos que haja uma maioria de esquerda a controlar a Câmara de Lisboa, por isso estaremos sempre disponíveis para uma solução que resolva os problemas das pessoas”. Mas fica o recado para o presidente da autarquia: “Seria um bom primeiro sinal de Carlos Moedas começar por limpar a casa, porque se queremos conviver é bom que estes casos sejam postos de lado.
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