Facto Político

João Ferreira quer ser alternativa a Moedas e ganhar votos dos eleitores de direita

O candidato da CDU à Câmara de Lisboa foi o convidado de um Facto Político onde fizemos contas às possíveis coligações em Lisboa e Porto, aos presidenciáveis que estão a ganhar mais votos e a mais um problema para a Ministra da Saúde.

Diogo Teixeira Pereira

A escolha de Alexandra Leitão para encabeçar a lista socialista à Câmara de Lisboa parece feita a pensar na grande frente de esquerda que há quatro anos podia ter garantido a renovação de mandato a Fernando Medina, mas o PCP está fora.

Na entrevista que deu ao Facto Político deste sábado, João Ferreira deixou claro que é ele que quer representar a alternativa ao atual presidente de Câmara, tentando mesmo roubar votos de eleitores de direita: “Mesmo um eleitor do PSD e CDS não gosta de ver lixo na rua, nem de passar horas no trânsito”.

Numa altura em que Bloco de Esquerda, Livre e PAN assumem que há campo de diálogo para uma coligação que envolva os partidos de esquerda, João Ferreira lembra que “o PS não nasceu hoje”:

“Três anos e meio de Moedas não resolveram nenhum problema, criaram novos e ainda agravaram alguns. Muitos deles têm as suas raízes na ação do governo do PS na cidade”, explica o vereador que lamenta não ter visto “nenhum exercício de auto-crítica por parte dos socialistas”.

Apesar de recusar entrar na mesma lista que os restantes partidos de esquerda, João Ferreira não afasta convergências depois dos votos contados. Explica que “a CDU distribui pelouros pelos vereadores da oposição onde é poder e tem por hábito ficar com alguns pelouros se achar que há condições para isso”.

Presidenciais: PCP quer garantir que o próximo presidente “defende, cumpre e faz cumprir a constituição”

João Ferreira foi candidato presidencial há quatro anos, mas a candidatura autárquica deve tornar impossível uma recandidatura em 2026. Apesar de tudo, o PCP deve mesmo ter um candidato próprio.

Nesta entrevista à SIC Notícias, João Ferreira lembra que “o PCP definiu como objetivo intervir na batalha das presidenciais para que naquele lugar esteja alguém que leve a sério o juramento que faz no momento em que toma posse: defender, cumprir e fazer cumprir a constituição”.

A frase não deixa claro que o partido vai mesmo apoiar uma candidatura própria, mas a análise dos protocandidatos deixa poucas dúvidas: “Alguns dos que vamos vendo desfilar como protocandidatos, estão em condições de cumprir esse juramento”.

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