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ONU alerta que mulheres continuam a ter muito menos representação nas notícias

Nações Unidas lamentam ainda que as notícias raramente mostram as mulheres como casos de sucesso ou, sequer, como sendo responsáveis pelo funcionamento de grande parte das sociedades.

Teresa Canto Noronha

As mulheres continuam a ter muito menos representação nas notícias, reportagens e cobertura dos meios de comunicação social. As Nações Unidas alertam que quando as mulheres não estão presentes nas notícias, a representatividade democrática fica incompleta.

O que está em causa, segundo as Nações Unidas, não é apenas a quantidade de notícias sobre mulheres nos órgãos de informação de todo o mundo, que é, notoriamente inferior à representatividade que os homens têm.

O maior problema é, sobretudo, o tipo de notícias e reportagens centradas nas mulheres, que raramente as mostram como casos de sucesso ou, sequer, como sendo responsáveis pelo funcionamento de grande parte das sociedades de todo o planeta.

Ou seja, a ONU diz que os meios de comunicação social têm de garantir que quem lê, ouve ou vê notícias, percebe a importância das mulheres, e o papel relevante que têm no mundo.

E que o que está em causa é mesmo a democracia porque, sem representatividade feminina, o processo democrático pode estar em causa. Porque exclui uma parte significativa da população.

As Nações Unidas lembram que é preciso respeitar a igualdade de género e lembrar ao mundo que as mulheres têm capacidades de liderança iguais às dos homens, e que, em muitos países, são as principais responsáveis, pela educação, sobrevivência e estabilidade de milhões de famílias.

Por outro lado, é importante que as notícias sobre violência de género se foquem na defesa das vítimas, que não contribuam para mais preconceitos e estereótipos.

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