Facto Político

Ana Gomes já disse a Pedro Nuno que não está disponível. Vitorino seria “lobista de negócios em Belém”

Depois de vários meses a evitar entrar na discussão presidencial, Ana Gomes vem ao Facto Político muito cética das possibilidades socialistas. No programa desta semana fazemos ainda o ponto de situação das candidaturas que estão em cima da mesa.

Diogo Teixeira Pereira

Pedro Nuno Santos tem duas possibilidades em cima da mesa: António José Seguro e António Vitorino. É cada vez mais evidente que o secretário-geral do PS prefere o antigo Comissário Europeu, mas Ana Gomes só vê riscos nesta escolha.

Em entrevista ao Facto Político até lhe elogia o sentido de humor, mas daí em diante só é capaz de apontar fragilidades, a começar pelo “passado de advogado lobista” que, lembra a ex-candidata presidencial, “fez Alfredo Barroso dizer que eleger Vitorino era pôr um lobista de negócios em Belém”. Comparativamente, “é uma espécie de Daniel Proença de Carvalho do PS”.

Ana Gomes não está disponível para se candidatar a Belém. Há quatro anos ficou em segundo lugar, levou André Ventura a demitir-se da direção do Chega, mas, desta vez, não está disponível e até já comunicou essa indisponibilidade a Pedro Nuno Santos. Ao secretário-geral do partido, pede que escolha um nome “sério, credível, com experiência política”, não “espertalhuços que usem as instituições para outros desígnios que desacreditam e enfraqueçam a democracia”.

As críticas a António Vitorino não se convertem automaticamente num apoio a António José Seguro, um nome que é “serio”, mas isso não basta, “precisa de estar rodeado de pessoas sérias” e não de fazer como António Costa, que “tinha uns pilantras à volta como Vítor Escária ou Diogo Lacerda Machado”.

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