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"Saí de madrugada do Algarve": viajar quase 300 km para ser atendido na AIMA

Continuam a formar-se longas filas no atendimento da Agência para as Migrações e Asilo (AIMA). Em Telheiras, dezenas de pessoas esperam à porta desde madrugada, mas, ao contrário do que acontecia há uns meses, todas são atendidas.

Helena Machado Ribeiro

Rui do Ó

Rui Félix

Ainda as portas do centro estavam fechadas e já dezenas de pessoas esperavam para serem atendidas. Algumas vieram do sul do país, tendo feito quase 300 quilómetros para tratarem do processo de regularização de residência.

Chegam à AIMA com horas de antecedência porque estão dependentes dos transportes públicos.

"Eu vim aqui acompanhar a minha amiga. viemos de Loulé, no Algarve. O autocarro chegou a Sete Rios às 06:00, é o único autocarro a esta hora para a gente chegar aqui às 08:30 porque o próximo só chegaria lá para as 09:30. Viemos cedo para acompanhar os horários", conta uma das pessoas que esperava na fila.

A espera é longa, sobretudo se faltar documentação; os atestados de antecedentes criminais e o comprovativo de morada são as falhas mais recorrentes.

Todos os documentos devem ser inseridos previamente no sistema, mas há quem não consiga fazê-lo. Neste caso, podem submeter a documentação com a ajuda de coordenadores do centro, um processo que demora mais tempo e que faz aumentar as filas de espera.

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