“Não vou comentar resultados parciais”. Foi com esta frase que José Luís Carneiro recusou abordar os resultados provisórios, que têm sido divulgados e que dão a vitória a Pedro Nuno Santos.
O candidato lembrou que faltam ainda apurar os resultados em 60% das federações, sendo que esta sexta-feira só foram apurados os resultados de 40%, vincou, opondo-se, aliás, à divulgação dos resultados antes do terminada a votação.
“Há que respeitar a vontade dos militantes, que estão hoje de uma forma livre e democrática. Grande parte exprime hoje a sua vontade, ontem exprimiram 40% dos militantes em condições de votar, hoje exprimem 60% (…) Vamos respeitar o voto dos nossos militantes porque a melhor forma de fazê-lo é não fazermos prenuncia que possam condicionar o seu sentido de voto. Essa é a razão porque entendo que não deveriam ser conhecidos os resultados parciais”, disse o candidato ‘rosa’ a partir de Baião.
Mais de 16 mil militantes votaram no primeiro dia de eleições internas para escolher o novo secretário-geral do PS e sucessor de António Costa no cargo.
"Estes dados revelam uma taxa de participação de 76% no universo de militantes aptos a votar" na sexta-feira, indicou o PS.
As eleições decorreram, sem registo de incidentes, nas federações da Área Urbana de Lisboa, Regional Oeste, e nas federações distritais de Aveiro, Bragança, Castelo Branco, Évora, Guarda, Leiria, Portalegre, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real, acrescentou.
Este sábado, a votação prossegue nas federações distritais de Braga, Coimbra, Porto, Santarém, Viseu e nas federações regionais do Algarve, Baixo Alentejo, Açores e Madeira.
Cerca de 60 mil militantes socialistas escolhem o sucessor de António Costa como secretário-geral do PS, cargo ao qual se candidataram José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião.