Nas horas seguintes ao trágico acidente no Elevador da Glória, vários partidos foram cancelando iniciativas políticas previstas para o fim de semana, mas o PCP não encontrou razões para adiar a Festa do Avante.
“Se nós quiséssemos ser demagogos e hipócritas, se calhar teríamos tido a atitude que outros tiveram. Ora, nós não somos nem demagogos nem hipócritas. A vida aqui está a correr para criar as condições também para que acidentes como aqueles que ocorreram na quarta-feira não voltem a acontecer”, afirmou Paulo Raimundo.
Raimundo diz compreender que seja difícil para Carlos Moedas gerir as consequências de um acidente que vitimou 16 pessoas, mas sublinha que em momentos como este não para ‘fugas para a frente’.
Refere-se a declarações de Carlos Moedas em 2021 que, ao saber que a Câmara de Lisboa enviou dados de ativistas ucranianos para a embaixada russa, pediu a demissão de Fernando Medina.
Paulo Raimundo pede agora coerência a Carlos Moedas e desafia-o a demitir-se da Câmara de Lisboa. O secretário-geral do PCP considera inevitável que se tirem consequências técnicas e políticas depois do acidente no Elevador da Glória.