Cerca de três meses depois de ter sido suspenso por suspeita de pedofilia, o padre Mário Rui Pedras voltou a celebrar missa na paróquia de São Nicolau, em Lisboa. A investigação não encontrou indícios que comprovassem as acusações, pelo que o padre foi autorizado a retomar funções.
Mário Rui Pedras diz que foi vítima de uma difamação e que sofreu uma enorme injustiça. Muitos fiéis fizeram questão de estar presentes na missa deste domingo, mostrando-se solidários com o pároco..
O regresso do padre Mário Rui Pedras à celebração da missa aconteceu este domingo, na Igreja de São Nicolau, em Lisboa.
O pároco foi alvo de uma denúncia anónima de abuso sexual de um menor na década de 1990. Foi, por isso, suspenso de funções, mas, passados três meses, o afastamento foi levantado porque a investigação não encontrou indícios que comprovassem a acusação.
Um dos muitos fieis que fizeram questão de estar presentes na celebração de regresso do padre Mário Rui Pedras foi o antigo ministro Bagão Félix – que era responsável pelo Ministério da Segurança Social na altura em que rebentou o escândalo dos abusos sexuais na Casa Pia.
Entre os paroquianos, há quem lembre que o facto do padre ser confessor de André Ventura, assim como as opiniões que assumia nas homilias, poderão ter tido influência em todo este processo.
A comunicação social não foi autorizada a captar imagens do interior da Igreja, durante a celebração da missa e o padre Mário Rui também não aceitou prestar quaisquer declarações. Mas, na homilia, o pároco lembrou Cristo e os apóstolos que foram perseguidos.
No final da missa, já depois da bênção aos fieis, disse que foi vítima de uma acusação sem fundamento e, insiste, “até à náusea”, que não cometeu qualquer abuso.
O padre pondera agora mover um processo na justiça por ter sido afastado de funções, mas o momento agora é de celebração. À saída da missa distribuiu sorrisos e apertos de mão.