Um dos quatro padres de Lisboa afastados preventivamente por suspeita de pedofilia vai voltar a celebrar missa já este domingo. Mário Rui Pedras diz que é vítima de uma injustiça e pondera avançar para tribunal.
Numa carta, deixa críticas à comissão independente que há quatro meses apresentou um relatório sobre os casos de abuso sexual na Igreja Católica.
Não se esquece também de incluir nas críticas a comissão diocesana de lisboa presidida pelo bispo auxiliar Américo Aguiar. Diz que não demonstraram ponderação e deram ressonância à calunia, afastando-o do exercício de funções. Na carta, fala de injustiça.
Pondera agora, três meses depois de ter sido suspenso, avançar com um processo na justiça.
Mário Rui Pedras foi alvo de uma denúncia anónima que o apontava como autor de um crime de abuso sexual de um menor da década de 90.
Volta agora a estar autorizado a celebrar missa nas paroquias que dirige, ambas em Lisboa: São Nicolau e Santa Maria Madalena.
Esta semana, segundo o comunicado assinado elo próprio Patriarca de Lisboa, “o instrutor da investigação, deu por finda a averiguação prévia. E dada a inverosimilhança da denúncia, propôs ao Bispo que fosse levantado o afastamento preventivo”. A proposta foi aceite dois dias depois.
O padre Mário Rui Pedras, orientador espiritual de André Ventura e um dos quatro a ser suspenso na Diocese lisboeta, retoma as funções já neste domingo.