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Países da NATO batem novo recorde no orçamento para Defesa

Os países da NATO vão bater um novo recorde anual no orçamento para a Defesa, com a guerra da Ucrânia a entrar no terceiro ano. O anúncio foi feito pelo secretário-geral da aliança, que diz que 18 dos 31 estados-membros vão atingir a meta definida.

Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg
YVES HERMAN

Lusa

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) anunciou esta quarta-feira que 18 dos 31 países da Aliança Atlântica já investiram pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da defesa, comparativamente aos 1,85% do PIB direcionados para este setor em 2023.

O anúncio de Jens Stoltenberg foi feito em conferência de imprensa no quartel-general da NATO, em Bruxelas, numa antevisão da reunião ministerial na quinta-feira e a anteceder uma reunião do Conselho NATO-Ucrânia.

O secretário-geral da aliança político-militar, da qual Portugal é um dos Estado-membros fundadores, acrescentou que desde 2014, o investimento em defesa aumentou 11% - na sequência da anexação da Crimeia pela Rússia - e que os 31 países que a compõem investiram mais de 600 mil milhões de euros.

“Não devemos dar espaço a erros de cálculo de Moscovo”

Jens Stoltenberg voltou a falar das declarações do antigo Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, no sábado, de que encorajaria a Rússia a invadir qualquer Estado-membro da NATO que estivesse a investir menos do que o suposto.

"Não devíamos minar a credibilidade dissuasora da Aliança, tanto naquilo que conseguimos fazer com as nossas capacidades como na maneira como comunicamos, porque a dissuasão está na cabeça dos nossos adversários e não devemos dar espaço a erros de cálculo de Moscovo", comentou hoje o secretário-geral, que está no final do mandato, acrescentando que não há evidências de "qualquer ameaça a um país da NATO".

Além disso, os Estados Unidos "nunca combateram numa guerra sozinhos", acrescentou Jens Stoltenberg.

"As críticas que ouvimos [de Trump] não são sobre a NATO, são sobre os aliados da NATO não investirem o suficiente na NATO", comentou o secretário-geral da Aliança Atlântico, insinuando que o aumento no investimento na defesa é sinal de que a mensagem foi escutada pelos países da organização.

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