Um hospital israelita junto à fronteira com o Líbano está a funcionar dentro de um bunker. Os profissionais de saúde tiveram de arranjar uma solução para se protegeram a si, enviando ainda os pacientes em estado grave para outras unidades, devido ao agravamento do conflito com o Hezbollah.
A dez quilómetros da fronteira com o Líbano, médicos, enfermeiros e recém-nascidos protegem-se dentro de um bunker, seguindo a rotina habitual de um hospital.
Dentro deste hospital israelita funciona, não apenas uma unidade de cuidados intensivos neonatais, mas também outros serviços clínicos estão assegurados caso o conflito se agrave nesta região do país.
"Estamos na área protegida e menos espaço do que temos na UCI neonatal normal, mas temos que cuidar dos bebés como se não houvesse guerra lá fora, e temos de proteger o pessoal. A minha equipa tem de estar protegida", afirma a diretora da unidade de cuidados neonatais, Vered Flisher Sheffer.
Este é um dos maiores hospitais a norte de Telavive, que conta com quase 800 camas.
Nesta zona, perto da fronteira, intensificam-se os confrontos com o Hezbollah, por isso os doentes que se encontram em estado crítico foram transferidos para outras unidades no centro do país.
“Temos oxigénio, temos abastecimento de água, e está protegido, temos abastecimento de gasolina em áreas protegidas, por isso podemos resistir durante bastante tempo. Temos comida, temos medicamentos, estamos prontos”, conta o diretor-adjunto do Hospital Gelilee, Tscvi Sheleg
Nesta frente de combate o exército israelita afirma ter abatido quatro homens com explosivos, que tentaram atravessar a fronteira.
No início desta semana Israel deu ordem para que fossem evacuadas 28 localidades junto à fronteira com o Líbano.