Mundo

Ataques ao norte de Israel reivindicados pelo Hezbollah e Brigadas de Al-Qassem

O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou hoje um lançamento de mísseis e vários ataques a alvos militares israelitas, enquanto as Brigadas de Al-Qassem, braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, assumiram ter disparado 30 'rockets' do sul do Líbano.

AMIR COHEN

Lusa

O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou esta quinta-feira um lançamento de mísseis e vários ataques a alvos militares israelitas, enquanto as Brigadas de Al-Qassem, braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, assumiram ter disparado 30 'rockets' do sul do Líbano.

O Hezbollah confirmou num comunicado que efetuou o lançamento de mísseis teledirigidos contra a zona setentrional israelita de Manara, uma ação esta quinta-feira de manhã denunciada pelo Exército israelita e à qual respondeu com fogo de artilharia contra os pontos de origem dos projéteis.

O grupo xiita anunciou que, esta quinta-feira, atacou também com "armas diretas e apropriadas" pelo menos quatro posições militares no norte de Israel, além de uma torre de vigilância.

"Foram atingidos com precisão, e uma série dos seus equipamentos técnicos e tecnológicos foram destruídos", acrescentou o movimento político e armado libanês noutra nota.

Brigadas de Al-Qassem

Por sua vez, o braço armado do Hamas, com alguma presença no território libanês, reivindicou o lançamento de 30 'rockets' a partir do sul do Líbano para alguns pontos do país vizinho como a cidade costeira de Nahariya, um ponto turístico com 50.000 habitantes, e Shlomi.

Israel também atacou esta quinta-feira diversos pontos do território libanês próximos da fronteira, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN).

Desde o passado dia 08 de outubro, um dia após a ofensiva do Hamas sobre Israel que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, milhares de feridos e mais de 200 reféns, o Hezbollah e Israel envolveram-se numa série de ataques cruzados nas zonas fronteiriças de ambos os países, onde também ocorreram alguns atos reivindicados por fações palestinianas que se encontram em território libanês.

O Governo do Líbano anda há dias a desdobrar-se em contactos nacionais e internacionais para impedir que o país se torne uma segunda frente da guerra na Faixa de Gaza, que o Exército israelita bombardeia desde há 13 dias em retaliação ao ataque do Hamas, no poder naquele enclave palestiniano pobre desde 2007 e classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel, enquanto cada vez mais países instam os seus cidadãos a abandonarem o Líbano.

Últimas