Na Ucrânia, mais de 50 mil pessoas foram retiradas da região de Donetsk, zona de combate e foram encaminhados para centros de acolhimenro em Dnipro, a cidade mais próxima. Há quem esteja a viver em contentores há mais de 10 anos, desde o início dos combates no sul, em 2014.
Quando foi obrigada a fugir da região de Donetsk estava grávida. Sofia já nasceu neste campo de refugiado na região de Dnipro. A mãe, Lisa, continua a sonhar com o dia em que vai poder voltar a casa.
A cidade onde vive continua entregue aos ucranianos, mas há muita pressão e ataques das tropas russas.
Vive num dos contentores desde que começou a invasão, em 2022. O marido conseguiu emprego, ela está a cuidar da filha. A família toda recebe no total 200 euros de ajuda do Estado.
Um contentor pode ter um ou dois quartos. Alguns têm casa banho, outros têm de a partilhar com quem vive no mesmo bloco.
É o caso de Natalia. Fugiu de Donetsk em 2014 e desde então que vive nestes contentores. Tem muitas críticas a fazer ao Governo.
Muitas destas pessoas vivem cansadas. Dizem que o Governo não está a fazer o suficiente para ajudar quem não teve outra opção se não fugir da guerra.
O Governo diz que 52 mil pessoas foram retiradas, nos últimos tempos, só da zona de Donetsk.