A alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros acusa Putin de estar a gozar com os esforços de paz. Os ministros dos Estados-membros reúnem-se entre esta sexta-feira e sábado, em Copenhaga, após o ataque massivo a Kiev que atingiu a delegação da União Europeia.
As equipas de busca e salvamento ainda tentam resgatar vidas e corpos dos destroços, após confirmadas perto de duas dezenas de vítimas mortais. Os 600 drones e 30 mísseis russos caíram no centro e nos subúrbios da capital ucraniana. Não há vítimas conhecidas dos ataques dirigidos à delegação da União Europeia e ao Bristish Council.
Trump, que reuniu há duas semanas com Putin, não terá ficado surpreendido com os novos ataques. Washington deverá vender mais de 3 mil mísseis cruzeiro à Ucrânia. Apesar da luz verde do Departamento de Estado, ainda não há contrato assinado.
Também o Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se de emergência esta sexta-feira. Uma reunião pedida pela Ucrânia, Reino Unido, França, Eslovénia, Dinamarca e Grécia.
Já os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia estudam novas formas de pressionar Moscovo.
“Estes ataques mostram que Putin está simplesmente a troçar de qualquer tipo de esforço de paz que seja feito”, declarou Kaja Kallas, chefe da diplomacia europeia.
Uma ajuda antecipada à Ucrânia ou a criação de uma zona tampão de 40 quilómetros poderão estar em cima da mesa. No entanto, como se trata de um encontro informal, nada de definitivo saíra da reunião dos representantes europeus, em Copenhaga.
Imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa russo, esta quinta-feira, mostram a destruição de um navio militar ucraniano na foz do rio Danúbio. Não indicam a hora e o dia. A Ucrânia confirma um ataque a um navio, mas recusa divulgar o nome da embarcação e outros detalhes.