O Governo português condenou fortemente o ataque massivo russo na madrugada desta quinta-feira contra o território ucraniano, que causou pelo menos 18 mortos e 50 feridos, considerando-o "inqualificável".
Em declarações à SIC Notícias, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que o ataque, que atingiu mais de 100 edifícios, incluindo a delegação da União Europeia, demonstra que a Rússia não está interessada nas negociações para um cessar-fogo na Ucrânia.
"Esta agressão russa, realizada nestes termos e neste momento, é obviamente uma forma de pôr em causa as negociações e de mostrar que não está interessada num cessar-fogo imediato. Julgo que a escolha desta data não foi um acaso, tendo em conta que amanhã [sexta-feira] haverá uma reunião da União Europeia", afirmou o governante português.
Rangel defende que é necessário reagir a este acontecimento, sublinhando que a Europa tem margem para aplicar sanções mais severas à Rússia.
'Ataque maciço' atinge vários bairros de Kiev
Segundo a agência de notícias AFP, a Rússia disparou 598 'drones' e 31 mísseis balísticos e de cruzeiro contra a Ucrânia durante este ataque massivo na madrugada de quinta-feira, citando dados da Força Aérea ucraniana em comunicado.
Pelo menos 20 locais em sete distritos de Kiev foram afetados. Quase 100 edifícios foram danificados, incluindo um centro comercial no centro da cidade, e milhares de janelas foram estilhaçadas.