Guerra Rússia-Ucrânia

"Ataque russo a Kiev podia ter sido um morticínio horripilante"

Luís Ribeiro, comentador da SIC Notícias, diz que o ataque russo que vitimou pelo menos 17 pessoas podia ter sido ainda mais catastrófico, não fosse a capacidade de defesa da Ucrânia. Critica ainda o facto da investida ter acontecido numa zona residencial de Kiev, com o objetivo de "aterrorizar o povo". "Se fosse em Lisboa, era como atingir a zona do Saldanha".

Luís Ribeiro

Pelo menos 14 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas na madrugada desta quinta-feira em Kiev, devido a um ataque massivo russo com 629 drones e mísseis contra o território ucraniano. A delegação da União Europeia também foi atingida pelos bombardeamentos.

O Governo português e a União Europeia condenaram o ataque. O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou estar “horrorizado”.

“Costa disse que estava horrorizado, mas acredito que não esteja surpreendido. É esta a estratégia russa desde o início da guerra, um pouco para compensar a falta de sucesso na linha da frente”, diz Luís Ribeiro.

O comentador da SIC Notícias afirma que a investida russa, que usou 598 drones, 11 mísseis balísticos e 12 mísseis de cruzeiro, podia ter sido “um morticínio horripilante” caso a Ucrânia não tivesse “provavelmente a melhor capacidade da Europa de intercetar mísseis e drones”.

“Se fosse em Lisboa, era como atingir o Saldanha”

Luís Ribeiro considera que o ataque russo que atingiu a delegação da União Europeia em Kiev não visou estruturas militares e foi “mais um golpe para aterrorizar o povo ucraniano”.

“Se fosse em Lisboa, era como atingir a zona do Saldanha e da Avenida da República. Se fosse no Porto, era como atingir a zona da Boavista. É uma zona residencial e de escritórios, não há fábricas de armamento ou equipamento militar.”

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