Guerra Rússia-Ucrânia

Como a Europa pode pressionar a Rússia após novo ataque em Kiev?

Um ataque massivo russo contra o território ucraniano causou pelo menos 14 mortos e cerca de 50 feridos na capital, Kiev, atingindo ainda a delegação da União Europeia. Manuel Serrano, analista de assuntos europeus e política internacional, diz que não se pode esperar pela ajuda dos EUA para tomar novas medidas para pressionar a Rússia.

SIC Notícias

Pelo menos 14 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas na madrugada desta quinta-feira em Kiev, devido a um ataque massivo russo com 629 drones e mísseis contra o território ucraniano. A delegação da União Europeia também foi atingida pelos bombardeamentos.

O Governo português e a União Europeia condenaram o ataque. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, acusa a Rússia de “não olhar a meios para aterrorizar a Ucrânia”, prometendo uma resposta.

“Temos várias ferramentas em cima da mesa”, diz Manuel Serrano, analista de assuntos europeus e política internacional. “Há mais que podemos fazer em relação aos ativos soberanos russos, que estão congelados em Bruxelas. Podemos confiscar esses ativos soberanos e usá-los para a reconstrução da Ucrânia através da União Europeia. Isto é possível através do direito internacional”, exemplifica, em entrevista à SIC Notícias.

Manuel Serrano aponta para a próxima reunião dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos países europeus, em Copenhaga, onde “vão ser discutidas várias coisas importantes, como a famosa garantia de segurança à Ucrânia e o 19º pacote de sanções".

“De Trump só podemos esperar um tweet”

Um dos grandes entraves às medidas mais agressivas contra a Rússia pode ser a “relutância dos Estados Unidos”. Donald Trump ainda não reagiu ao ataque que atingiu a delegação europeia em Kiev.

“Não podemos esperar nada de concreto de Trump, só podemos esperar mais um tweet”, afirma o analista.

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