Ao terceiro ano de guerra em larga escala e no meio da tensa situação diplomática que atravessa as relações entre os Estados Unidos e a Ucrânia, o trabalho dos soldados e a motivação para continuar a combater não mudam.
A viagem começa na noite cerrada. Andrii, o condutor, tem a tarefa de nos levar, o mais rapidamente possível, até à trincheira.
Estamos num carro blindado. Com as luzes apagadas, aproximamo-nos da posição. Os soldados já estavam à nossa espera. E quando o sol nasceu, começou a rotina de mais um dia.
Os turnos/rotações duram pelo menos 72 horas, durante as quais estes homens têm de estar sempre alerta.
Pouco depois, a primeira ordem do dia interrompia aqueles que ainda tentavam descansar. Os artilheiros equipam-se e dirigem-se para junto do obus turco D-30, equivalente ao modelo soviético com o qual costumam trabalhar.
Os dias de sol, sem nuvens, são os mais perigosos. Acertam as coordenadas, carregam o canhão e disparam.
Não há tempo a perder, os drones russos estão constantemente a sobrevoar esta área. Depois de ser dada a informação de mais um drone na zona, a ordem é regressar para o abrigo.
Mesmo em plena guerra, as refeições são um esforço para manter alguma normalidade. Com o futuro incerto, os soldados ucranianos continuam a combater.