É a segunda vez em dois meses que estes voluntários da organização BASE_UA são atacados. Os drones podem aparecer em qualquer altura e em qualquer lugar. Naquele dia, Pylyp e Eddie tinham resgatado um casal de idosos.
“É muito perigoso. E é perigoso há já muito tempo. Mas, neste momento, nós vemos como a linha da frente mexe, vemos que a situação torna-se mais complicada a cada dia e isto é o resultado disso”, disse Pylyp, voluntário da Organização.
Se estivessem num veículo normal, ou seja, sem toda esta proteção, muito provavelmente nenhuma das pessoas que estavam neste carro teria sobrevivido. Por isso estes voluntários vão fazer de tudo para arranjar este veículo e continuar a trabalhar.
Ao mesmo tempo, recolhem provas. As Convenções de Genebra são claras: atacar de propósito veículos civis ou aqueles usados por equipas de voluntários e de evacuação é uma violação grave das leis internacionais da guerra.
“Estamos a reunir toda a informação para ilustrar este conhecimento e mostrar que sim, é um carro civil, onde está escrito que somos voluntários, que fazemos processos de evacuação. Considero a mesma que se trata de um crime de guerra. Neste momento, a minha tarefa é contar, dar provas de que somos apenas civis”, acrescentou Pylyp, voluntário da Organização.
“Acho que isto diz tudo. Nós fomos um alvo. Um drone FPV não é uma munição que não vê para onde vai. O drone tem uma câmera, dá para ver tudo. Ou seja, o piloto que fez isto viu para onde ia e o que ataca, sem dúvida”, respondeu quando questionado se considera que são um alvo para as forças russas.
Os voluntários esperam que, um dia, quem ataca responda pelos seus atos