Europeias 2024

Marta Temido: “Poucas eleições europeias tiveram tanta importância nas nossas vidas”

Numa altura em que as sondagens dão empate técnico entre os cabeças-de-lista do PS e da AD, Marta Temido lembra que o que está em causa são "visões diferentes da Europa".

Carolina Botelho Pinto

Marta Temido defendeu esta quarta-feira, em entrevista na SIC Notícias, que são poucas as eleições europeias que tiveram tanta importância “para as nossas vidas” como têm as de 2024. “Estão em jogo diferentes visões da Europa”, disse.

Numa altura em que as sondagens dão um empate técnico entre os cabeças-de-lista do PS e da AD, a socialista recusa fazer observações sobre “outros candidatos”, lembrando que o que os “distingue são projetos políticos e não as pessoas”.

E é nos projetos políticos que encontra “muitas diferenças”.

“Parece-me importante discutir as diferenças entre estes projetos e são muitas. (...) Está em causa uma abordagem comunitária europeia de alguns problemas que afetam todos os portugueses. A questão é a visão que está por trás dessa resposta”, sublinha.

Diz-se preparada para as consequências que os resultados possam ter, a nível europeu e nacional, sobretudo em relação a um eventual reforço dos partidos de Direita conservadora e extrema-direita. “Isso é algo que deve preocupar todos”, acrescenta.

Sobre a prestação nos debates, as notas que lhe têm sido atribuídas e a análise dos comentadores, assume que há muitas áreas que lhe são novas, mas que não quer “enganar ninguém”.

“Sou uma pessoa discreta por natureza e tenho alguma dificuldade em fazer aquilo que vejo outros candidatos fazerem que é puxar sempre pelos seus antecedentes. Mas deixe que diga que sou a única, provavelmente, que tem experiência de instituições europeias.”

Recorda, entre outras ocasiões, a presença na Presidência portuguesa da União Europeia, de janeiro a junho de 2021.

Sobre temas como a habitação e o pacto para as migrações, recorda que exigem esforços para “harmonização da resposta” e, sobre este último, que considera ter pontos “preocupantes”, garante que o PS procurará fazer um acompanhamento da sua aplicação.

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