Abusos na Igreja Católica

Padre confessa abuso de menores: primeiras queixas feitas há quase 18 anos

As queixas contra o padre que se tentou entregar à Procuradoria-Geral da República por abuso sexual de menores surgiram há quase 18 anos.

SIC Notícias

As primeiras queixas contra Anastácio Alves, o padre que se tentou entregar à Procuradoria-Geral da República por abuso sexual de menores, surgiram há quase 18 anos.

Em 2018 abandonou a paróquia em Paris onde exercia o sacerdócio sem dar qualquer justificação e não voltou a ser visto durante quase cinco anos.

De acordo com o Observador, Anastácio Alves desapareceu depois de ter sido informado, pelo então Bispo da Diocese do Funchal, que havia uma queixa de abusos sexuais de um menor contra ele.

Os abusos teriam sido cometidos durante umas férias do sacerdote na Madeira, em 2017, em casa de amigos do próprio padre. A vítima, neto desses amigos, tinha à data 13 anos. As investidas do padre aconteceram em quatro situações distintas e uma quinta vez quando o jovem já tinha 14 anos.

De acordo com o Observador, em 2005 o Ministério Público já tinha recebido uma outra queixa de abusos sexuais em relação a um rapaz de 14 anos e pouco tempo depois recebeu outra. Ambas foram arquivadas.

Na sequência da primeira queixa, D. Teodoro Faria, o então bispo da diocese da Madeira, mudou o padre da paróquia. Na segunda, transferiu-o para a Suíça e depois para França.

Em 2019, o padre entregou uma carta na Diocese do Funchal onde pedia para abandonar o sacerdócio. O pedido foi aceite pelo Vaticano em 2021.

Anastácio Alves confessou ter abusado de crianças e agora afirma estar disposto a colaborar com as autoridades.

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