O prazo para a linha de financiamento terminou sem que o Governo apresentasse uma candidatura. A Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do pulmão (Pulmonale) considera o atraso muito prejudicial, dado que este é o cancro que mais mata em Portugal.
Por causa do diagnóstico tardio, apenas 18% dos doentes com cancro do pulmão estão vivos ao fim de cinco anos.
Para a associação Pulmonale, é urgente mudar o curso desta doença e por isso considera inaceitável que o Governo tenha desperdiçado “dinheiro e oportunidade” de avançar com o rastreio.
A candidatura aos fundos europeus teria de ser liderada pelo Executivo, mas o prazo terminou em agosto do ano passado.
Ministério diz que não há problemas financeiros
Para trás ficou também um projeto-piloto, elaborado por especialistas e que foi apresentado à tutela, através da Pulmonale, em 2021.
O Ministério da Saúde diz que não estão em causa constrangimentos financeiros e que os novos rastreios dependem da definição de normas técnicas adequadas e de condições para serem executados.
Os novos rastreios ao pulmão, estomago e próstata acabaram por ser incluídos no Orçamento do Estado para 2024.