Saúde e Bem-estar

Portugal desperdiça "dinheiro e oportunidade" de combater cancro do pulmão

A associação Pulmonale diz que o Governo deixou passar o prazo de candidatura a dinheiro europeu para opções de rastreio. Pode ser um passo atrás no combate ao cancro do pulmão, o tumor que mais mata em Portugal.

Cristina Freitas

Rui Andrade

O prazo para a linha de financiamento terminou sem que o Governo apresentasse uma candidatura. A Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do pulmão (Pulmonale) considera o atraso muito prejudicial, dado que este é o cancro que mais mata em Portugal.

Por causa do diagnóstico tardio, apenas 18% dos doentes com cancro do pulmão estão vivos ao fim de cinco anos.

Para a associação Pulmonale, é urgente mudar o curso desta doença e por isso considera inaceitável que o Governo tenha desperdiçado “dinheiro e oportunidade” de avançar com o rastreio.

A candidatura aos fundos europeus teria de ser liderada pelo Executivo, mas o prazo terminou em agosto do ano passado.

Ministério diz que não há problemas financeiros

Para trás ficou também um projeto-piloto, elaborado por especialistas e que foi apresentado à tutela, através da Pulmonale, em 2021.

O Ministério da Saúde diz que não estão em causa constrangimentos financeiros e que os novos rastreios dependem da definição de normas técnicas adequadas e de condições para serem executados.

Os novos rastreios ao pulmão, estomago e próstata acabaram por ser incluídos no Orçamento do Estado para 2024.

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