No Nepal, pelo menos 16 pessoas morreram em protestos contra o bloqueio de redes sociais decretado pelo Governo. Milhares de manifestantes cercaram o Parlamento e envolveram-se em violentos confrontos com a polícia.
Jatos de água, gás lacrimogéneo e vários tiros. É o cenário junto do Parlamento do Nepal.
De acordo com a imprensa local, pelo menos, cinco das vítimas morreram com ferimentos de bala na cabeça e no peito.
Milhares de manifestantes estão na rua em Katmandu, capital do país. Conseguiram ultrapassar o arame farpado e cercaram a Assembleia.
Em causa, a proibição de várias redes sociais - como o Facebook e o Youtube. O Governo quer obrigar as plataformas digitais a terem um gabinete no país para prestarem contas sobre as atividades. As que não se registaram estão bloqueadas desde a semana passada.
Os arredores do Parlamento transformaram-se num campo de batalha. Os manifestantes são, sobretudo, jovens da chamada geração Z, nascidos entre 1995 e 2010.
A ideia do Executivo não é nova. Em 2023 baniu a aplicação de vídeos do Tik Tok por perturbar "a harmonia social e a boa vontade".
A proibição foi levantada no ano passado, depois de a empresa se ter comprometido a cumprir as leis locais, incluindo proibir sites pornográficos. Para já, há vários sites bloqueados.
A lei tem sido criticada por ser uma forma de censura e uma ferramenta para punir os opositores do Governo que transmitem protestos online.