O Papa Francisco nunca escondeu a paixão pela música. Tinha uma coleção de centenas de discos e uma preferência pela música clássica.
É uma língua universal para Francisco, seja na forma de ária da missa em dó menor de Mozart, que Jorge Bergoglio dizia elevá-lo a Deus, seja pelas mãos das criações do compositor argentino Astor Piazzola.
Antes de ser eleito Papa, a 13 de março de 2013, Francisco nunca deixou de confessar a paixão pela música, que cultivava desde criança quando ouvia ópera na rádio com a mãe.
Noutro registo, chegou a trabalhar como porteiro de uma discoteca na Argentina para ajudar a pagar os estudos.
Enquanto Sumo Pontífice, promoveu encontros com vários músicos: como Bono Vox, vocalista dos U2, Sting, ou Patty Smith, convidada para cantar no concerto de Natal do Vaticano em 2014.
A voz da cantora norte-americana era uma das preferidas do papa que era, também, admirador de Édith Piaf e Elvis Presley.
Entre os quase 2 mil CDs e Vinys do Papa estão vários de música Gospel do Rei do Rock and Roll, numa coleção que foi formando a partir de uma pequena discoteca perto do Vaticano que visitou de surpresa em 2022 e acabou por abençoá-la.
Durante a Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, Mariza, Buba Espinho e Carminho cantaram em português para o Papa. Em 2017, Francisco já tinha abençoado o projeto Passione, de Setúbal. O disco homónimo do trio foi entregue ao Papa por Marcelo Rebelo de Sousa, na primeira vista do chefe da Igreja Católica a Portugal.