Juan Carlos Cruz e outros homens abusados sexualmente por um padre chileno, em Santiago, enquanto adolescentes, denunciaram o crime à Igreja em 2010, mas não houve eco do Vaticano até Francisco visitar o Chile e encontrar-se com ele.
"Ele disse-me: 'Deus criou-te assim. Deus ama-te assim como és e está tudo bem contigo. Amo-te tal como és e deves amar-te a ti próprio.'", conta Juan Carlos Cruz sobre um dos encontros com o Santo Padre.
Este homem considera que o Papa Francisco teve a coragem de revelar ao mundo as fragilidades da Igreja e de agir em conformidade. Um caminho de defesa das vítimas de crimes sexuais dentro da Igreja Católica que trilhou de braço dado com o Papa de quem se tornaria amigo e com quem festejou alguns aniversários.
Uma 'amizade mágica', segundo Juan Carlos, que guarda para a posteridade várias cartas que diz terem sido enviadas pelo Papa.
O Pontífice que abriu a primeira comissão anti-abuso do Vaticano, que foi o primeiro Papa a expulsar um cardeal por abusos sexuais e que abriu espaço para os católicos de todo o mundo denunciarem crimes, suspeitas e encobrimentos por parte dos bispos.