Nas próximas semanas, os alunos do 9.º, 11.º e 12.º anos vão preparar-se para os exames nacionais. O ano letivo termina esta sexta-feira para os alunos destes anos de escolaridade, num ambiente marcado por queixas dos professores. Falam emcansaço extremo por acumulação de horas extraordinárias.
Em contagem decrescente para a realização das provas finais, os alunos preparam-separa uma rotina diferente nos próximos dias.
Para os professores, o trabalho está longe de chegar ao fim. A falta de docentes teve consequências nos horários dos professores, que dão sinais de cansaço.
“Foram-me atribuídas oito horas extraordinárias em turmas do 5.º ano”, conta Graça Costa, professora de Matemática.
“São mais testes para corrigir, mais aulas para preparar, e o cansaço já vai sendo grande”, acrescenta a professora Julieta Lopes.
“É um cansaço tremendo. São muitas horas extraordinárias. No final do ano, impacta bastante. E estamos a falar de uma classe docente que já é muito envelhecida”, admitePaulo Campos, diretor da Escola Rainha Dona Leonor de Lencastre, em Agualva-Cacém.
No caso deste agrupamento, a média de idades dos professores está acima dos 50 anos. Além da falta de pessoal docentes, as Provas de Monitorização das Aprendizagens (provas ModA) foram outro desafio para as escolas.
E, apesar deste ano letivo ainda estar a terminar, os agrupamentos escolares começam já a preparar o próximo.
“Sabermos que docentes ficam colocados dentro da próxima semana poderá ser uma enorme vantagem”, diz Paulo Campos.
Um alerta para o recém-empossado ministro da Educação. Só neste agrupamento, vão aposentar-se pelo menos 10 professores até setembro.