Educação

Escolas passam a ter mediadores linguísticos: SIC foi conhecer escola com alunos de mais de 40 nacionalidades

Em apenas dois anos letivos, o número de alunos estrangeiros nas escolas portuguesas duplicou, representando atualmente cerca de 14% do total de estudantes. Para responder a este crescimento e promover a integração destes alunos, o Ministério da Educação permitiu que as escolas contratassem mediadores linguísticos e culturais, no âmbito do plano “Aprender Mais Agora”.

Diana Pinheiro

Manuel Ferreira

Marisabel Neto

Um dos exemplos mais representativos desta realidade é o Agrupamento de Escolas Adelaide Cabette, em Odivelas, que acolhe atualmente alunos de 43 nacionalidades diferentes. Há uma década, a escola tinha falta de alunos, mas hoje não tem capacidade para abrir mais turmas da disciplina de Português Língua Não Materna.

Com cinco mediadores em funções, como Paula Fernandes, contratada há dois meses e meio, a escola aposta num acompanhamento próximo, tanto dentro como fora da sala de aula.

Apesar dos esforços, a taxa de sucesso escolar dos alunos estrangeiros revela algumas fragilidades, sendo mais elevada no segundo ciclo, mas com resultados menos expressivos no ensino secundário, onde pouco ultrapassa os 50%.

Para facilitar a integração, a escola criou uma equipa de acolhimento que promove atividades como a Semana das Línguas e adaptou a cantina com uma ementa halal, respeitando as práticas alimentares de alunos muçulmanos.

Segundo dados a que a SIC teve acesso, Lisboa é o distrito com maior número absoluto de alunos estrangeiros: num total de 207 mil estudantes, cerca de 35 mil têm nacionalidade estrangeira, o que representa 17%. No Algarve, o peso relativo é ainda maior: dos 59 mil alunos matriculados, 11.300 são estrangeiros, ou seja, 19% do total.

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