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Bombeiros sapadores: em que condições trabalham e o que pedem ao Governo?

Centenas de bombeiros sapadores juntaram-se junto à sede do Governo para protestar. Sempre com palavras de ordem, dispararam petardos e fumos. A reunião negocial entre sindicatos e o Governo foi suspensa.

João Maldonado

Joana Vitória Teixeira

Hugo Garrido

Pedro Cardoso

Manuel Geraldo

Rodrigo Rimourinho

Rúben Viegas

Esta terça-feira ficou marcada por protestos dos bombeiros sapadores. Pelo menos três centenas juntaram-se junto à sede do Governo, em Lisboa, para contestar. É tempo de perceber as condições atuais em que trabalham e o que pedem ao Governo.

22 anos: os sapadores referem-se a uma lei de 2002 que estabelece o estatuto dos bombeiros profissionais.

Ao contrário dos Bombeiros Voluntários, os sapadores recebem um salário. A carreira começa nos 1.075 euros brutos. Um bombeiro sapador sem cargo de chefia ganha, no máximo, 1.548 euros ao final do mês.

O suplemento pelo risco e disponibilidade permanente é um dos maiores pontos de discórdia à mesa das negociações. Está integrado no salário e representa 2% do vencimento. Ou seja, na primeira posição salarial representa 21,50 euros por mês.

Proposto do Governo

A proposta do Governo é que o salário-base suba até 2027 para 1.175 euros (um aumento de 100 euros). O suplemento pelo risco passaria para 100 euros por mês (um aumento a rondar os 80 euros). No total, os sapadores passariam a ganhar mais 200 euros brutos por mês.

O que exigem os sindicatos

Já os sindicatos exigem só no salário uma subida de 200 euros por mês, a que querem que se junte um aumento de 400 euros no suplemento de risco, à semelhança do que ficou acordado com a GNR e com a PSP.

Para os sindicatos não há falta de condições, mas sim falta de vontade. A bola está do lado do Governo.

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