Os bombeiros sapadores e profissionais estão esta terça-feira em protesto junto à sede do Governo, em Lisboa, onde decorre uma reunião - entretanto suspensa - com sindicatos do setor.
Estes profissionais exigem a valorização da carreira, com um aumento de 200 euros e o pagamento de um subsídio de risco equivalente ao das forças de segurança, mas consideram que o Executivo só tem apresentado “propostas de desvalorização”.
“O que está a haver é uma imposição do Governo com propostas desrespeitosas para os sapadores. (...) Arriscamos a vida e o Governo tem uma proposta de 37 euros por mês de subsídio de risco”, disse à SIC um dos bombeiros que participa na manifestação.
Pedem para ser ouvidos e valorizados e garantem que não vão parar com os protestos, prometendo até discutir eventuais novas ações de luta se o Governo se recusar a negociar.
“O Governo não quer negociar? Nós queremos que os sindicatos saiam da negociação.”
Esta manhã, o Governo reuniu-se com sindicatos da classe profissional, mas a SIC sabe que a reunião foi, entretanto, suspensa devido ao protesto.
“O barulho e o fumo, sei que parece um alarido, mas isto é o nosso escritório. Estamos habituados a isto, todos os dias arriscamos a vida em prol de salvar o outro. E quem é que nos salva a nós, à nossa carreira?”, questiona o bombeiro.
Garante ainda que o socorro à população “nunca está comprometido”.
“Não querendo ferir susceptibilidades e ao contrário do INEM que não tem pessoal e não atende chamadas, nós estando de greve ou não, se há um acionamento para qualquer tipo de ocorrência estamos lá”, acrescentou.