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Ministra condena "distúrbios perfeitamente inadmissíveis" em Lisboa

Segundo a ministra Margarida Blasco, já se realizou uma reunião de urgência do Sistema de Segurança Interna, mas recusou adiantar se haverá algum reforço de meios.

SIC Notícias

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, confirmou esta quarta-feira a detenção de três pessoas na sequência dos desacatos dos últimos dias em vários bairros da grande Lisboa.

Em declarações aos jornalistas à chegada à 35.ª Cimeira Luso-Espanhola, que decorre em Faro, Margarida Blasco garantiu estar em "contacto direto com as autoridades".

A ministra disse ainda que o que tem acontecido nas últimas duas noites é "perfeitamente inadmissível".

"Não revelarei aqui qualquer ação operacional. Aquilo que eu queria garantir aos portugueses é que as forças de segurança tudo farão para manter a ordem e deter aqueles que têm participado nestes distúrbios", afirmou.

Segundo a ministra Margarida Blasco, já se realizou esta noite uma reunião de urgência do Sistema de Segurança Interna, mas recusou adiantar se haverá algum reforço de meios.

"Atos de vandalismo que põem em causa a ordem e a segurança pública"

Margarida Blasco classificou os desacatos das últimas noites como "atos de vandalismo que põem em causa a ordem e a segurança pública" e assegurou que tudo será feito "para levar todos aqueles que participaram nestes tumultos à justiça".

A ministra começou por assegurar que o Governo tem estado a acompanhar "desde o princípio todas as desordens públicas" em vários bairros da Grande Lisboa.

A ministra deixou uma "especial menção" àqueles que estão a trabalhar pela tranquilidade e "para acabar com estes distúrbios perfeitamente inadmissíveis que não permitem às populações deslocar-se e fazer a sua vida laboral normal e acompanhar as suas crianças à escola".

"Queria dizer que a PSP, em articulação com todas as outras forças de segurança, estão a repor e a dar apoio às populações que querem seguir o seu dia-a-dia de forma normal", afirmou.

Os desacatos têm sucedido desde segunda-feira após a morte de um homem baleado pela PSP na Cova da Moura e que se espalharam a várias zonas de Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora).

Odair Moniz foi baleado fatalmente pela polícia na madrugada de domingo para segunda-feira na Cova da Moura.

Segundo a PSP, o homem de 43 anos terá fugido à polícia e, depois de ser abordado, terá resistido à detenção e tentado agredir os agentes com uma arma branca - tendo sido baleado.

O agente da PSP que disparou foi constituído arguido. A notícia foi confirmada esta terça-feira pela SIC que apurou que o agente já foi interrogado pela Polícia Judiciária e entregou a arma às autoridades.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária e levou à abertura de um inquérito urgente pela Inspeção Geral da Administração Interna.

Com Lusa

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