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Violência na Grande Lisboa: "Isto é vandalismo provocado por gangues criminosos"

José Manuel Anes, ex-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorista, sublinha que os desacatos não são provocados pela população em geral, mas por grupos organizados.

SIC Notícias

Pela segunda noite consecutiva, foram registados desacatos em várias zonas da grande Lisboa, após a morte de um homem baleado pela PSP na Cova da Moura e que se espalharam a várias zonas de Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora).

Os fenómenos que assistimos na última noite partem de um caso isolado, mas são muito mais do que isso e não é a população que está a fazer estas ações violentas e de vandalização do espaço público, explica José Manuel Anes.

"É fundamental ter a consciência de que não é a população em geral que está a fazer estes desacatos - incendiar autocarros, vandalizar o espaço público. São gangues juvenis (...) Não é terrorismo de modo algum, isto é vandalismo provocado por motins de alguns marginais".

A questão dos gangues juvenis diz respeito a negócios, sobretudo, de droga.

"Eu vou ser um bocado cínico com a minha apreciação, estes jovens querem é defender o seu negócio porque muitos deles, estes gangues, fazem tráfico de drogas e outros. Portanto, basicamente é uma maneira de eles afirmarem o seu espaço para protegerem e desenvolver o seu negócio".

José Manuel Anes lembra que episódios semelhantes já tem acontecido em vários sítios, embora a atual situação "tem uma dimensão realmente preocupante".

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