Foi logo pela manhã, que os serviços municipais detetaram recentemente cerca de uma tonelada de peixes mortos no rio Almonda. Um episódio localizado apenas num troço de 700 metros, que está a preocupar a população.
“É uma pena, é uma tristeza ver o rio como ele estava quando eu fui embora daqui há mês e meio e como ele está agora. Eu já estive ali a tentar ver se os peixes apareciam, aparecem alguns pequeninos, mas grandes é difícil ainda”, explica um morador local.
Há anos que o Almonda não tinha registos de problemas ambientais, mas em apenas algumas horas desaparecerem 15 anos de vida de várias espécies.
“Nós no dia percorremos o rio (…) a tentar ver se identificamos algum foco de poluição que tivesse a descarregar e que conseguíssemos identificar um ponto de descarga ou tentar identificar o produto que estivesse associado. A brigada do ambiente da PSP fez recolhas da água nesse dia, as recolhas foram para a agência portuguesa do ambiente que irá analisar as mesmas, mas neste momento não temos identificada uma causa para o mesmo”, diz João Trindade, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Torres Novas
Agora, já é possível ver novamente peixes que desceram da zona a montante, numa altura em que se começa a pensar no futuro.
“Fazemos recolhas a montante e a jusante de peixes autóctones do nosso rio, primeiro vamos buscar património genético através de uma ligação com os clubes de pesca ou mesmo nós município e vamos repor aqui a vida neste troço sabendo que vai demorar”, conta Pedro Neves, guarda-rios.
Para já estão canceladas todas as atividades lúdicas no rio como é o caso da pesca. Resta agora aguardar pelos resultados das análises de qualidade da água, que serão fundamentais para descobrir a fonte de poluição neste rio.