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"André Ventura não vai largar Carlos Moedas. O jogo da campanha à CM Lisboa mudou"

No habitual espaço de análise da SIC Notícias, Ricardo Costa e Maria João Avillez comentam a postura de Carlos Moedas após a tragédia no Elevador da Glória, desde a entrevista concedida à SIC no passado domingo. As declarações polémicas sobre Jorge Coelho fizeram do autarca lisboeta um alvo da oposição.

Maria João Avillez

Ricardo Costa

A Assembleia Municipal de Lisboa rejeitou esta terça-feira a moção de censura do Chega ao presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), que pretendia responsabilizá-lo politicamente pela tragédia do descarrilamento do elevador da Glória.

Maria João Avillez considera que Carlos Moedas cumpriu o seu dever e esteve presente em todos os locais onde um presidente da Câmara deve marcar presença. No entanto, sublinha que se tratou de uma tragédia que não abalou apenas a capital, mas todo o país, e que exige respostas.

"Carlos Moedas, politicamente, como presidente de câmara, tenta responder e estar onde deve, atender, cuidar, perguntar e tomar medidas. Politicamente, têm havido algumas fragilidades."

A comentadora da SIC aponta como exemplo a estratégia adotada por Carlos Moedas na entrevista que concedeu à SIC no passado domingo, onde, na opinião de Maria João Avillez, perdeu demasiado tempo a responder à oposição. Critica ainda as declarações do autarca de Lisboa sobre Jorge Coelho, por se ter pronunciado sobre um tema do qual, segundo afirma, não tinha conhecimento.

Por sua vez, Ricardo Costa relembra que há afirmações que não se devem fazer quando se está na oposição, uma vez que existe a tendência de essas declarações "perseguirem" os políticos quando chegam ao poder.

"Há maneiras de fazer oposição quando se está na oposição, porque, quando certos acontecimentos atingem os políticos que chegam ao poder, acabam por se encontrar numa situação muito incómoda e são perseguidos por frases que disseram há apenas alguns anos."

Defende que a entrevista de Carlos Moedas foi, em grande parte, uma "entrevista de campanha", a poucas semanas das eleições autárquicas, marcadas para 12 de outubro.

Considera que esta posição do autarca poderá representar uma boa oportunidade para o Chega capitalizar e ganhar terreno na corrida à liderança da Câmara Municipal de Lisboa.

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