A menos de três meses das eleições autárquicas, Carlos Moedas confirmou a recandidatura à Câmara Municipal de Lisboa e parte, na opinião de Ricardo Costa, de “uma posição favorável” por duas razões: “primeiro porque é presidente” e depois por “o Chega não ter querido ir a jogo” por considerar que tem mais possibilidades de “ganhar ou ter uma grande votação numa câmara de Sintra ou do Montijo”.
Quanto ao acordo anunciado entre PSD, IL e CDS na capital, a candidatura de Moedas conseguiu "algo difícil" porque são dois partidos que “nunca vão gostar um do outro”, concordam os dois comentadores SIC.
Já quanto ao PS, Ricardo Costa considera que “ficou numa situação complexa”. Se há um ano, “os estudos do PS indicavam que a candidata com mais popularidade era Marta Temido", ao recorrer a ela nas Europeias o partido ficou "sem uma escolha evidente para Lisboa (…) e com isso destrunfou a pessoa que teoricamente seria a melhor candidata e aí entrou numa escolha difícil”.
Mais, acrescenta, "acabou por escolher Alexandra Leitão, retirando-a do Parlamento “onde me parece que ela era mais útil”.
Maria João Avillez concorda que a vitória em Lisboa pende para o lado do candidato do PSD mas avisa, ainda assim, que “quem tem que ir a jogo é Carlos Moedas”.
“Ele é um presidente que procura ser próximo, que está e é visto na rua, (…), mas há uma parte da cidade que lhe escapa, onde ele não chega”, destacou, acrescentando ainda que “há alguém que lhe vai fazer a maior das faltas: o ‘vice’ Filipe Anacoreta. (…). O CDS por birra proibiu, interditou vetou a participação de Anacoreta, [e] Carlos Moedas não mediu a falta que lhe pode fazer”.
Este e outros temas estiveram em análise na rubrica "Esta Semana" com Ricardo Costa e Maria João Avillez.