O Parlamento já entrou de férias e vários temas ficaram em ‘stand-by’ até setembro. É hora de fazer um balanço do estado da política e dos políticos, começando pelo Governo e pelo primeiro-ministro.
Maria João Avillez entende que o chefe do Governo fica sobre “maior pressão” durante a época dos incêndios florestais e aponta que há algo “que está a acontecer” sobre o qual o Governo “devia refletir”:
“(...) Nós vimos que, de facto, o Governo legisla, atende e dá a impressão de governar, mas é como se houvesse um ecrã entre o que os portugueses veem e aquilo que o Governo [faz]. Ambos estão certos. O Governo está, de facto, a tentar governar, ou a governar, e os portugueses têm alguma razão para quando ouvem o Presidente da República dizer que não sabem quantos portugueses somos, veem o ministro da Educação comprometer-se, como há meses, que não haveria falta de professores. A Saúde está como está.”
Ricardo Costa entra na análise dizendo que isso “é uma fatalidade “para “todos os Governos” porque “são sempre julgados por coisas do dia a dia e por coisas reais e não por coisas intangíveis".
Reconhece ainda que o Executivo social-democrata já percebeu que os grandes problemas que afetam a nação “demoram tempo a mudar”, com Maria João Avillez a completar que “há uma enorme distância entre a legislação e a execução”.
Este e outros temas estiveram em análise na rubrica "Esta Semana" com Ricardo Costa e Maria João Avillez.