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Dezenas de peixes aparecem mortos nas margens do rio Seixe, em Aljezur

O aparecimento de dezenas de peixes é consequência do grande incêndio de Odemira que deflagrou em agosto, mas também da falta de chuva que afeta especialmente o sul do país.

Marta Candeias Ferreira

Marco Mariano

Dezenas de peixes têm aparecido mortos nas margens do rio Seixe, que desagua na Costa Vicentina.

São na sua maioria tainhas ou liças e uma boa parte está em decomposição. É o resultado de um canal entupido e de uma barra que aguarda ainda por intervenção.

"A verdade é que é a força da natureza e a falta dos seus recursos nesta altura a levar a melhor aquilo que é a nossa vontade. Inevitavelmente, estas situações vão ocorrer com mais frequência", explica António Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Aljezur.

Depois de um verão marcado por seca e incêndios, as chuvas de outono acabaram por arrastar para a ribeira as cinzas acumuladas em terra. Foi há cerca de três semanas que começaram a aparecer as primeiras carcaças.

O cenário surpreendeu quem costuma frequentar a praia de Odeceixe, mas o município de Aljezur descarta problemas de contaminação ligados à Estação de Tratamento de Águas Residuais.

A Agência Portuguesa do Ambiente está a tomar diligências para romper com a barra arenosa que liga a ribeira de Seixe ao mar, possibilitando assim o seu escoamento. A obra acontecerá, ainda, esta semana.



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