Ao fim de três semanas, os três detidos por corrupção na Madeira conhecem amanhã as medidas de coação. O Ministério Público pede prisão preventiva, mas se essa for a decisão do juiz, o transporte dos arguidos vai estar em risco pela greve dos guardas prisionais.
Até pode ser a última vez que entram algemados num tribunal, mas se o juiz decidir que daqui Pedro Calado e os dois empresários detidos por corrupção têm de ser levados para uma cadeia, o transporte pode não estar assegurado.
O cenário coloca-se apenas caso o juiz concorde com o Ministério Público e ordene prisão preventiva para o ex-autarca do Funchal, para o dono do grupo AFA e o da empresa Socicorreia, os dois alegados corruptores de Pedro Calado.
Se assim for, deixam de estar à guarda da Polícia Judiciária e passam para as mãos do sistema prisional em plena greve dos guardas.
A espera será consequência da greve de duas semanas convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional em nome de um sistema de avaliação que não está em vigor, de um suplemento de missão como o da Polícia Judiciária e de uma valorização de salários para que fiquem acima dos 1.333 euros.
A greve às diligências termina a 25 de fevereiro.
Com o aviso de um segundo protesto no dia seguinte e até à véspera das eleições.
O sindicato fala em 90% de adesão num dia de tolerância de ponto decidida depois da greve ter sido convocada.