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Madeira: juiz recusa (de novo) pedido de libertação dos detidos

Apesar dos interrogatórios já terem terminado, Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia permanecem detidos, contrária À vontade dos advogados de defesa.

Catarina Coutinho

Diogo Torres

Luís Bernardino

Terminaram esta quinta-feira os interrogatórios aos três detidos, suspeitos de corrupção na Madeira. Esta sexta-feira, o Ministério Público vai propor as medidas de coação. O juiz recusou libertá-los, depois de novo pedido dos advogados de defesa. Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia estão detidos há 16 dias.

Pedro Calado foi o último dos detidos a ser ouvido. O interrogatório terminou ao terceiro dia. O advogado de defesa alegou cansaço do ex-autarca do Funchal, que se recusou a prestar mais declarações.

"Estamos no 16º dia de detenção para interrogatório. Naturalmente que está cansado, estamos todos cansados. São 16 dias de diligências intensas que exigem uma concentração intensa e uma dedicação exclusiva a este assunto", disse Paulo Cunha e Sá.

Terminado o interrogatório, ao início da tarde, os 3 advogados requereram, em bloco, a libertação imediata dos arguidos que estão detidos.

O pedido, que já tinha sido feito, voltou a ser recusado.

"No entendimento do juiz não havia fundamento legal para isso. Nós não concordamos, achamos que tinha fundamento", declarou André Navarro, advogado de Custódio Correia.

"Os advogados defendem os direitos fundamentais e a liberdade das pessoas. Quando entendemos que esses valores estão a ser postos em causa, fazemos o que achamos que devemos fazer", Paulo Cunha e Sá acrescentou.

Esta sexta-feira, o Ministério Público vai dizer que medidas de coação entende que devem ser aplicadas. Depois de a defesa se pronunciar, a decisão final será tomada pelo juiz.

Pelo menos até lá, Pedro Calado Avelino Farinha e Custódio Correia ficam detidos.

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