O Ministério da Administração Interna pediu à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito às baixas médicas apresentadas pelos polícias e que resultaram no adiamento do jogo Famalicão-Sporting por falta de agentes.
Na sequência deste episódio, o ministro vai reunir-se no domingo, às 09:00, com o comandante-geral da GNR e com o comandante nacional da PSP no Ministério.
“O Ministro da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito urgente, por parte da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI), aos acontecimentos que respeitam ao policiamento, pela PSP, do jogo Famalicão – Sporting, da Primeira Liga de futebol, em especial dos que se reportam a generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias”, lê-se no comunicado divulgado esta noite.
Para além da abertura deste inquérito, será aberto um outro relativo a declarações do presidente do Sindicato Nacional da Polícia, em entrevista à SIC Notícias, sobre a atividade da PSP nas eleições legislativas.
Este sábado, o Famalicão-Sporting foi adiado sem data devido à falta de polícias depois de alguns dos agentes destacados para o interior do estádio terem, como forma de protesto, colocado baixa médica.
O início da partida chegou a ser adiado das 18:00 para as 19:00, numa tentativa de chamar mais polícias do comando do Porto para Famalicão. A SIC sabe que alguns agentes foram desviados do TIC, onde estão a decorrer os interrogatórios aos Super Dragões. Ainda assim, não foram reunidas condições de segurança para a realização da partida.
A abertura do inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna surge também em resposta ao pedido da Liga que, em comunicado, exigiu a abertura de um inquérito com caráter de urgência para apurar responsabilidades pelo sucedido.
O protesto dos polícias apanhou a Liga de surpresa, já que na reunião de preparação que antecede todos os jogos foram garantidas todas as condições de segurança por parte das autoridades, informou em comunicado.
Mais acrescentou que a situação colocou em causa “a paz pública e a integridade física dos milhares de adeptos que aguardavam a entrada no recinto”.
A Liga lamentou ainda o “total desrespeito por todos aqueles que, alguns percorrendo centenas de quilómetros, se deslocaram ao recinto desportivo”.