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Tempo de espera nas urgências do Amadora-Sintra ultrapassa as 15 horas

Pelas 10:00, também no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o tempo de espera para doentes triados como urgentes (pulseira amarela) era bastante elevado. No Porto a situação não é tão preocupante.

SIC Notícias

O tempo médio de espera para doentes urgentes era de 15 horas e 46 minutos às 10:00 desta quarta-feira no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), onde 45 pessoas aguardavam atendimento, segundo os dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os dados referem-se ao tempo médio de espera para atendimento nas últimas duas horas e o número de doentes apresentado é o das pessoas que se encontram atualmente a aguardar atendimento, após triagem.

De acordo com os dados do portal do SNS, consultados pela agência Lusa, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o tempo de espera para doentes triados como urgentes (pulseira amarela) era de oito horas e 30 minutos, estando àquela hora 21 doentes em espera.

Existiam ainda 28 doentes menos urgentes (pulseira verde), com um tempo de espera médio de 13 horas e 22 minutos. Ainda na região de Lisboa, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, o tempo de espera era de 12 horas e cinco minutos, estando 48 pessoas triadas como urgentes.

Em Setúbal, os 13 doentes considerados urgentes àquela hora tinham de aguardar em média 11 horas e 59 minutos.

Situação no São João é mais tranquila

No Hospital de São João, no Porto, por volta das 9:00 desta quarta-feira, o tempo médio de espera para utentes com pulseira amarela era de três horas - deveria ser, idealmente, de 60 minutos. Ainda assim, este é um valor bastante abaixo daqueles que se verificam em muitas unidades hospitalares da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Em direto do centro hospitalar, Cristina Freitas, jornalista da SIC, relata que na terça-feira, dia 2 de janeiro, o dia "não foi dos mais complicados", sendo que, normalmente, o segundo dia do ano é um dia de enchente nas urgências. No total, foram registados 698 doentes, cerca de 500 adultos, um número que fica abaixo da média do mês de dezembro, que rondou os 750 atendimentos.

Em declarações à SIC Notícias, Cristina Marujo, diretora do serviço de urgência do São João, revela que, apesar da afluência na terça-feira ter sido abaixo do que se esperava, o dia foi "trabalhoso" devido ao elevado número de pessoas debilitadas atendidas, "que demoram muito a ser atendidas".

Revela também que os casos de doentes não urgentes que recorrem às urgências do São João são uma constante:

"Nota-se muita iliteracia ainda. De facto, há pessoas que não sabem, não ouviram e, portanto, há muito que ainda é preciso fazer em termos de comunicação a esse nível".

Cristina Marujo entende que o facto de mais de 180 centros de saúde terem funcionado, na terça-feira, com horário alargado ajudou ao alívio das urgências dos grandes hospitais.

Com Lusa

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