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CTT: Pedro Nuno Santos nega ter dado orientação para compra de participação

O líder do Partido Socialista acrescenta, ainda, que o Governo é que tem de prestar esclarecimentos, tendo em conta que as Infraestruturas não dava orientações ao Ministério das Finanças, nem à Parpública.

Maria Madalena Freire

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, negou esta quarta-feira que o Ministério das Infraestruturas estivesse envolvido na aquisição de participações dos CTT por parte da Parpública.

Na Assembleia da República, Pedro Nuno Santos foi questionado pela jornalista da SIC - enquanto acelerava o passo - sobre o seu envolvimento na compra de participações dos CTT pela Parpública em 2021, período em que tutelava o Ministério das Infraestruturas.

“Tem de ser Governo a falar, tutelava [o Ministério] mas não dava orientações à Parpública, nem ao Ministério das Finanças, tem de colocar a questão ao Governo”, esclareceu.

Mais. O agora líder do Partido Socialista reforçou que “Não há orientação do Ministério das Infraestruturas, nem do ministro”, reforçando que tem de ser Governo a prestar esclarecimentos sobre a aquisição.

Esta quarta-feira ficou esclarecido que a Parpública comprou ações dos CTT por ordem do Governo, quando o Executivo estava a negociar o Orçamento do Estado para 2021 com os partidos de esquerda.

O Bloco de Esquerda, na altura, exigia a reversão da privatização dos correios e, por isso, o Governo comprometeu-se a comprar ações para ficar com uma posição na empresa.

Como não foram atingidos os 2%, não houve comunicação pública ao mercado. O despacho terá sido assinado pelo então ministro das Finanças, João Leão.

Os restantes partidos políticos já reagiram a pedir justificação por parte do secretário-geral do PS e, também, da coordenadora do Bloco de Esquerda que, entretanto, já negou o envolvimento do partido no caso.

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