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"A privatização dos CTT foi um assalto ao país. Era uma empresa muito lucrativa"

A ex-coordenadora do Bloco de Esquerda e comentadora SIC, Catarina Martins, referiu que a empresa quando era detida pelo Estado deu um lucro de 500 milhões de euros entre 2005 e 2012.

SIC Notícias

A Parpública comprou ações dos CTT por ordem do Governo, quando o Executivo estava a negociar o Orçamento do Estado para 2021 com os partidos de esquerda.

Esta quarta-feira, o Bloco de Esquerda já veio negar ter feito qualquer negociação com o anterior Governo socialista para a compra de ações da empresa "em troca do voto no Orçamento do Estado para 2021.

A ex-coordenadora bloquista e comentadora SIC, Catarina Martins, referiu que o partido não esteve nas negociações com o Governo para a aquisição de ações dos CTT, relembrando que chumbou o Orçamento do Estado para 2021 por falta de entendimento com o Executivo de António Costa.

"O Bloco de Esquerda tem pouco a dizer sobre tudo isto. Esta negociação não foi feita com Bloco de Esquerda. Votámos contra o Orçamento de Estado para 2021, portanto não o negociou. Debatemos dois assuntos: saúde e os salários. O PS não aceitou e nós chumbámos o Orçamento", afirmou a antiga dirigente do partido na antena da SIC Notícias.

Catarina Martins foi mais longe e reiterou que a venda da empresa ao privado "foi um assalto ao país", defendendo que os CTT "eram uma empresa muito lucrativa".

"A privatização dos CTT foi um assalto ao país. Entre 2005 e 2012, os CTT eram uma empresa muito lucrativa, deram 500 milhões de euros ao Estado, o que quer dizer que o preço de o privado pagou pelos CTT, o Estado tinha arrecadado os dividendos e não tinha fechado os postos de correio", acrescentou.

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