O líder social-democrata esclareceu que comunicou ao Presidente da República a vontade do PSD de ir a eleições antecipadas, o mais depressa possível, para não poder em causa a vida quotidiana dos portugueses. Da mesma forma, o PSD não será um entrave ao OE2024, se se verificar que seja benéfico para os portugueses.
Luís Montenegro falou com o Presidente da República sobre a situação “grave” que o país enfrenta.
“Acrescentamos a tudo o resto uma crise política e a nossa posição é preciso cortar o mal pela raiz, iniciar um ciclo novo, ouvir o povo português e dar a um futuro Governo a autoridade política - que só é conferido através do voto - para poder intervir de forma estrutural e estratégica nos grandes desígnios de Portugal”, inicia Luís Montenegro.
PSD defende eleições legislativas antecipadas para “um Governo com capacidade reformadora e capacidade de diálogo com o país”.
“O nosso propósito é unir o país para resolver elementos importantes da vida quotidiana dos portugueses”, refere Montenegro, acompanhado de Paulo Rangel e Margarida Balseiro Lopes.
Para Montenegro o ciclo político que terminada é marcado por uma palavra: empobrecimento.
Em relação à data das eleições antecipadas, Montenegro diz que o desejável é que se resolva a crise política “o mais rápido possível”.
“Não podemos deixar de lado o nosso respeito democrático para com os outros partidos políticos, neste caso do Partido Socialista e o calendário eleitoral tem de oferecer essa oportunidade”; acrescenta o líder social-democrata.
A respeito do Orçamento do Estado, Luís Montenegro diz que o país tem de ter “o mínimo impacto negativo com a situação criada com a demissão e do Governo ter ruído por dentro e, para isso, ter ou não ter orçamento pode ser relevante” e, para isso, apela ao Governo para esclarecer as vantagens e desvantagens de ter Orçamento no dia 1.
“Se estiver em causa a execução de investimentos públicos no PRR, a atualização salarial na administração pública, a atualização das pensões, a redução de alguma carga fiscal, se isso for possível - embora este orçamento não o faça - se nesse contexto, ainda que não seja o nosso orçamento - se for melhor ter do que não ter, PSD não criará obstáculo nisso”, conclui.
O PSD foi o penúltimo partido a ser ouvido por Marcelo Rebelo de Sousa, avizinhando-se a reunião com o Partido Socialista, após a demissão de António Costa.
Por agora, ainda falta o Conselho de Estado, onde o Presidente da República irá recolher opiniões e, depois, comunicar a sua decisão ao país.